quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Nossa apresentação em Prezi - 29/11


 Olá!! Segue link para visualização da nossa apresentação sobre Tecnologia e  Inclusão  :)

http://prezi.com/r4ekglx_iv47/?utm_campaign=share&utm_medium=copy


Comentem, digam o que acharam!!

Matéria sobre Exclusão Digital


É interessante falarmos sobre a exclusão digital, já que o acesso às tecnologias infelizmente ainda é para poucos.
Deixem comentários sobre o texto abaixo!! 




Exclusão digital cria um novo tipo de analfabetismo


Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Censo 2000, 10% das residências do País possuem microcomputadores, sendo que 8% com acesso à Internet. Dos lares com computador, 25,5% ficam no Distrito Federal, 14,6% no Sudeste e 4,3% no Nordeste. Apesar de o Brasil estar mais conectado que muitos países latino-americanos e da África, milhares de brasileiros ainda estão desconectados, aumentando o problema da exclusão digital, que é um dos mais duros golpes da propalada globalização nos países pobres. Hoje, as novas tecnologias, a exemplo da internet, desempregam tanto quanto fez a máquina a vapor na época da Revolução Industrial. Concebida nos anos 60, com a promessa de democratizar a informação e aproximar as pessoas, os mercados, diminuir as distâncias e facilitar a vida das pessoas, hoje, o que se observa é que ela acirra ainda mais o fosso entre ricos e pobres, aumentando a exclusão. No Brasil, onde a exclusão digital é apenas uma das tantas outras — educação, saúde, moradia, emprego e comida — ela cria um novo tipo de analfabetismo: o digital. Para alguns teóricos, a exclusão digital pode ser considerada o analfabetismo do século XXI. Outros, chamam a atenção para o “apartheid da informática”, problema típico da sociedade de informação. São pessoas que não têm acesso ao mundo digital, que aliás, não é nenhum bicho-de-sete-cabeças ou uma nova descoberta da pólvora. É apenas a continuação do progresso tecnológico como televisão, fax, telex e telefone. O mais grave é que o mercado de trabalho fica cada vez mais exigente e, como não há emprego, utiliza exigências que não são ofertadas à população, como o acesso à Internet. A exclusão digital pode acabar virando um filão de mercado e mais um “produto” lucrativo. Nas periferias, os preços dos cursos variam entre R$ 15,00 a R$ 20,00 e cada vez mais surgem os “cyber cafés”, cujos preços chegam até R$ 2,00 a hora.
Conceito de escola foi ampliado na era da revolução tecnológica
Estar ou não incluído no mundo digital. Esta é a condição para muitos brasileiros saírem de uma nova categoria de analfabetismo: o funcional. É que algumas pesquisas estão incluindo na categoria dos analfabetos funcionais aquelas pessoas consideradas “off-line” (desconectadas) de determinadas ações básicas, como por exemplo, acessar um caixa eletrônico, inserir um cartão pré-pago ou executar funções elementares de um telefone celular. Só que essa situação ainda é pior para um determinado público no Brasil, os adolescentes e jovens.

São consideradas analfabetas funcionais aquelas pessoas que sabem ler, mas não são capazes de compreender o que está escrito. O fenômeno foi identificado nos Estados Unidos e, hoje, no Brasil, constitui um dos principais problemas, sobretudo entre os alunos da escola pública, a exemplo do Ceará. O conceito de alfabetização no mundo moderno, sobretudo na era da informação tecnológica, foi ampliado, assim como o da escola. Ela deve ensinar o aluno a ler, a escrever e a pensar.

Rui Aguiar, oficial de projetos do Unicef, tenta mostrar essa realidade em números no Brasil e no Ceará. Pesquisa realizada em 2000, pelo Unicef e IBGE identificou que, no Estado, 7.61% dos adolescentes, na faixa etária entre 12 a 17 anos, eram analfabetos. O percentual do Brasil era de 4.22%. Isso reforça que a responsabilidade do governo com essa parcela da população deve ser dupla. Ou seja, além da alfabetização tradicional (ler e escrever) terá que inserir esses adolescentes no mundo digital. Esses jovens devem ser priorizados, defende Rui Aguiar, lembrando que o acesso à Informática pode funcionar como um incentivo para entrar na escola. “O grande desafio é fazer com que esses adolescentes saiam de um mundo da Idade Média para um outro pós-moderno”, fazendo referência à inclusão digital. Na sua opinião, o acesso aos softwares e programas de computadores é fundamental nesse processo que não pode mais esperar. Propõe que as novas tecnologias e a informática sejam utilizadas para reduzir esse déficit educacional.

Sugere que, de todos os profissionais, o professor deve ser o mais afinado com o uso das tecnologias na educação. Defende a capacitação dos professores que devem ter “a Informática como uma ferramenta de trabalho e ter acesso a conhecimentos muitos específicos em informática educativa”. Os professores da rede pública devem participar dos núcleos de tecnologia informacional e a melhor ferramenta para isso é o computador. “Não dá para pensar um professor sem um computador em casa”, ressalta.

Iracema Sales
editoria de Reportagem

sábado, 26 de outubro de 2013

Tecnologia assistiva contribui para a inclusão de alunos com deficiência

Boa Tarde!!!

Estávamos pesquisando um pouco mais sobre essa temática tão importante da tecnologia e inclusão social e, encontramos uma reportagem bastante interessante abordando esse tema! Segue abaixo a reportagem na íntegra.
Deixem comentários no final! =]



Salas multifuncionais nas escolas e núcleos de acessibilidade nas universidades fornecem material para quem tem necessidades especiais

O avanço da tecnologia contribui cada vez mais para a inclusão dos alunos com deficiência. Softwares, equipamentos de comunicação alternativa, materiais protéticos e diversos outros itens ampliam a habilidade funcional dos jovens, tornando-se ferramentas úteis para a independência e o aprendizado. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), a educação especial no país tem 752.305 matrículas, somando os estudantes em escolas regulares e especiais. Já nas universidades, os estudantes com deficiência eram 2.173 no ano 2000, e passaram a ser 20.287 em 2010. O momento é propício para o desenvolvimento de ‘aliados’ para essa turma, diz Ana Claudia Siluk, coordenadora do Programa de Pós-graduação em Tecnologias Educacionais em Rede da Universidade de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, instituição pioneira em educação especial.

“Vivemos um momento no qual as pessoas com deficiência sabem que têm direitos, e as escolas e universidades precisam estar preparadas para receber e atender os alunos especiais. Por lei, eles têm acesso garantido à educação especial, mas, quando o aluno cego chega à universidade,  precisa de material adequado, e quem atende essa demanda são os núcleos de acessibilidade das instituições. Desde 2008, as universidades são obrigadas a ter um núcleo de acessibilidade, como o que temos na UFSM. Os professores com alunos especiais preparam o material das aulas e passam para o núcleo, que usa os recursos tecnológicos para tornar as aulas acessíveis para os estudantes”, explica Ana Claudia, que também é coordenadora do Curso de Formação de Professores para o Atendimento Educacional Especializado e vice-coordenadora do Curso de Graduação em Educação Especial.

De acordo com a professora, a área de tecnologia assistiva, como é chamada aquela que proporciona maior autonomia para as pessoas com deficiência, está crescendo, já existem softwares, por exemplo, que permitem aos tretraplégicos operar o computador usando comando de voz.  Para pessoas com baixa visão e cegas há os leitores e ampliadores de tela, além dos digitalizadores de texto, que transformam palavras escritas em sons.

“A maioria dos softwares é livre, ou seja, qualquer um pode baixar e usar. Em parceria com universidades, o Ministério da Educação (MEC) investe no desenvolvimento de tecnologias como o Mecdaisy, um aplicativo que faz narração em áudio ou adaptação de caracteres ampliados, além de oferecer opção de impressão em braile. Tecnologia existe, mas ainda esbarramos em dificuldades, porque os alunos precisam pelo menos de um computador. O governo disponibiliza recursos para implantação de salas multifuncionais para deficientes, mas não adianta ter o material na escola e não poder levar para casa. No Ensino Superior, os alunos têm direito de levar o computador para casa, a ideia é que isso aconteça também na Educação Básica. Se não fosse a tecnologia, muitos alunos que conhecemos não estariam estudando. Não basta incluir, tem que dar acesso e possibilidade de permanência para os estudantes deficientes”, completa.

Fonte: http://redeglobo.globo.com/globouniversidade/noticia/2013/02/tecnologia-assistiva-contribui-para-inclusao-de-alunos-com-deficiencia.html
 

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Enquete sobre TDV's

Pessoal, temos uma enquete rolando no Blog!! Esperamos que todos deixem sua contribuição com o voto! =) Ela encontra-se ao lado direito superior do blog.
Dica: Antes de votarem, leiam o Artigo postado no dia 12 de setembro!
A enquete ficará aberta até dia 01 de novembro!





Estamos no Facebook!!

Boa Tarde a todos! Pensando em aumentar o público do nosso blog, para que todos conheçam um pouco mais da temática que abordamos aqui, criamos uma página no Facebook; dessa forma, todos conseguirão acessar o blog com maior facilidade e, por conseguinte, comentar nossas postagens dando suas opiniões! 
Curtam nossa página para que estejam sempre atualizados sobre novas postagens do blog. =]
 
www.facebook.com/teceinclusao

 

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Pesquisa IBOPE



Brasil ultrapassa 100 milhões de pessoas com acesso à Internet

Ibope contabilizou 102,3 milhões de pessoas com acesso à web no primeiro trimestre deste ano. Número é quase 10% maior que em 2012.

DA REDAÇÃO

12 de julho de 2013 - 11h00

O número de pessoas no Brasil com acesso à Internet superou a marca de 100 milhões pela primeira vez, segundo informações da empresa de pesquisas de IBOPE Media. De acordo com o levantamento, o número de brasileiros com acesso à web foi de 102,3 milhões no primeiro trimestre deste ano.
Desses 102,3 milhões de pessoas com acesso à Internet no Brasil, 72,7 milhões são referentes ao uso no trabalho e domicílio, aponta o levantamento. O restante dos brasileros com acesso no trimestre, 29,6 milhões, ficaram divididos em outros locais, como escolas e lan houses.
O número em questão, de 102,3 milhões, representa um crescimento de 9% em relação aos 94,2 milhões de brasileiros com acesso à Internet registrados pelo IBOPE no terceiro trimestre do ano passado – o levantamento dos últimos três meses de 2012 não está disponível por problemas técnicos, segundo a empresa.
Esse número de acesso à web no Brasil leva em conta pessoas com 16 anos ou mais com acesso em qualquer ambiente, como domicílio, trabalho, escolha, e lan house, além de crianças e adolescentes, entre 2 e 15 anos, com acesso em casa.
No comunicado sobre o relatório, o IBOPE chamada atenção para o número histórico alcançado nos primeiros três meses do ano, dizendo que: “É a massificação do acesso e o processo de democratização da informação, cultura e educação”.

Fonte: ComputerWorld

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

COMO USAR O PREZI


Como criar uma apresentação no PREZI, vale a pena assistir!
Comentem sobre isso, digam o que acharam =)



  








terça-feira, 22 de outubro de 2013

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Texto que deverá ser lido para a prova:

PARA LER O ARTIGO E MELHOR VISUALIZAÇÃO DAS IMAGENS EM PDF, CLIQUE NO LINK PARA BAIXAR:

http://pead.ucpel.tche.br/revistas/index.php/colabora/article/view/205/162



PRÁTICAS DE ENSINO COM O USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS VIRTUAIS NA
EDUCAÇÃO ESPECIAL: NOVOS CAMINHOS PARA A INCLUSÃO DE PNEES
                                                                                                         Ana Margô Mantovani1
                                                                                                         Cristina Martins2

RESUMO

Este artigo apresenta uma experiência de práticas de ensino, sob a forma de estágio, em
Computação - Licenciatura, realizada com alunos e professores da 3ª série, em uma Escola de
Educação Especial. O objetivo principal é a (re) construção de saberes pela reflexão dessa
experiência e contribuir para novas práticas educacionais inclusivas. Através do relato de uma
prática reflexiva, em uma perspectiva interacionista/construtivista e inclusiva, tanto no âmbito
social, quanto digital, apresenta-se o trabalho realizado com o uso das Tecnologias Digitais
Virtuais (TDVs), em alunos Portadores de Necessidades Educativas Especiais (PNEEs). Nestas
práticas, tais tecnologias são utilizadas como potencializadoras das habilidades e competências
desses alunos, evidenciando-se o seu potencial para novas práticas didático-pedagógicas que
favoreçam a inclusão de PNEEs.

1. INTRODUÇÃO

De acordo com o Art 1º da Lei nº 11788 de 25 de setembro 2008, “estágio é ato educativo
escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o
trabalho produtivo de educandos que estejam freqüentando o ensino regular em instituições de
educação superior [...]” (BRASIL, 2008, p.1). Ainda, conforme esta Lei, o estágio é aquele
definido como tal no projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo do
educando. Nesta concepção, o estágio “visa ao aprendizado de competências próprias da
atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do
educando para a vida cidadã e para o trabalho” (ibidem).
Tratando-se dos cursos de Licenciatura, deve-se garantir o caráter educativo e de formação
profissional para o acadêmico estagiário, sendo que compete a cada instituição de ensino, dar-lhe
oportunidade para vivenciar diferentes realidades nas suas práticas docentes. Da mesma forma,
cabe à instituição, planejar e organizar, em consonância com as Leis vigentes, as matrizes
curriculares desses cursos tendo em vista as competências, habilidades e conteúdos a serem
desenvolvidos. Uma vez que o estágio curricular obrigatório é definido como tal no Projeto
Pedagógico do Curso, sendo que a carga horária é requisito para a integralização do currículo, é
necessário pensar na formação de seus egressos e garantir a qualidade dessa formação em termos
de complexidade e diversidade.
Especificamente, em relação ao curso de Computação – Licenciatura, espera-se que o
acadêmico seja capaz de contextualizar problemas e propostas de solução, utilizando as TDVs
integradas ao currículo e às diversas áreas do conhecimento nos diferentes níveis e modalidades
do ensino. Estas considerações nos remetem à necessidade de articulação das dimensões teóricas
e práticas, possibilitando a construção de conhecimentos significativos pela ação - reflexão - ação
(Shön, 2007) como fundamento para a atuação docente.
Neste sentido, fizemos aqui um recorte da experiência de prática docente em Computação -
Licenciatura, realizada em uma Escola de Educação Especial, localizada na região metropolitana
de Porto Alegre. Apresentamos, em uma perspectiva inclusiva tanto no âmbito social, quanto no
digital, o trabalho realizado, através do uso das TDVs, com alunos e professores da 3ª série dessa
escola.
O objetivo principal do trabalho é a (re) construção de saberes pela reflexão dessa
experiência e contribuir para novas práticas educacionais inclusivas. Partimos da premissa de que
a vivência de experiências envolvendo a utilização das TDVs em PNEEs nas práticas de ensino,
amparadas pelo estágio supervisionado, é uma condição necessária para que o futuro professor
desenvolva competências e habilidades que lhe viabilizem interagir e utilizar essas tecnologias
em seu fazer pedagógico. Da mesma forma, entendemos que o estágio é um espaço de construção
da identidade profissional, portanto um campo aberto para a desmistificação de crenças e valores
em torno de PNEEs, daí a importância de vivenciar práticas de ensino nesta área de atuação.

2. TECNOLOGIAS VIRTUAIS DIGITAIS

A inserção do computador no ambiente escolar provocou e ainda tem provocado uma
revolução nas concepções de ensino e aprendizagem, até então apresentadas. O uso das TDVs na
educação, proporciona um ambiente facilitador e instigante, onde a reflexão crítica, a busca por
conhecimento e a aprendizagem sucessiva e independente afloram. Entre os vários recursos das
TDVs podemos citar os softwares educacionais, aplicativos para edição de texto, áudio e vídeo,
jogos, Internet, blogs, wikis, chat, etc. E com a integração dessas tecnologias aos conteúdos,
habilidades e competências trabalhados em sala de aula, a aprendizagem se torna muito prazerosa
e efetiva.
Hoje, através do uso das TDVs, é possível desenvolver diversos tipos de objetos
educacionais digitais que servem de apoio ao professor e facilitam a aprendizagem dos alunos.
Há infinitas possibilidades de uso dessas tecnologias, basta ter conhecimento prévio sobre tais
ferramentas e saber utilizá-las com criatividade.
Dentre as várias TDVs, destacamos aqui as inúmeras possibilidades de interação
proporcionadas pela tecnologia wiki (termo derivado da palavra havaiana “Wiki Wiki” que
significa super rápido). Em suma, ambos os termos são utilizados para identificar um tipo
específico de coleção de documentos em hipertexto ou o software colaborativo utilizado para
criá-lo. Esta tecnologia permite a edição coletiva de textos através da utilização de um navegador
web, usando um sistema que não necessita que o conteúdo seja revisado antes da sua publicação.
Além disso, existem vários tipos de ferramentas para a edição dos wikis, tal como o Wikispaces
que traz consigo as potencialidades dos processos de autoria colaborativa.
Destacamos que para Piaget (1973, p.105), "[...] cooperar na ação é operar em comum,
isto é, ajustar por meio de novas operações (qualitativas ou métricas) de correspondência,
reciprocidade ou complementaridade, as ações executadas por cada um dos parceiros". Então, o
uso das TDVs na educação devem proporcionar o suporte à cooperação, permitindo que os
indivíduos possam cooperar entre si para a construção de conhecimento.
Segundo Vigotsky (2007, p. 17) “a colaboração entre pares durante a aprendizagem pode
ajudar a desenvolver estratégias e habilidades gerais de solução de problemas através da
internalização do processo cognitivo implícito na interação e na comunicação”. O autor enfatiza a
construção do conhecimento como uma interação mediada por várias relações, pela mediação
feita por outros sujeitos. Assim, a aprendizagem interage com o desenvolvimento, produzindo
abertura nas zonas de desenvolvimento proximal (distância entre aquilo que a criança faz sozinha
e o que ela é capaz de fazer com a intervenção de um adulto) nas quais as interações sociais são
centrais, estando então, ambos os processos, aprendizagem e desenvolvimento, interrelacionados.
Assim, ao reportar esses conceitos para os ambientes criados com as TDVs, percebemos
que a interação tem um papel de destaque, uma vez que é o elemento básico e inicial, responsável
pela abertura do canal de comunicação.
A tecnologia wiki permite a integração de vídeos, áudios, blogs, atividades interativas,
enfim, diversas mídias que abrem um novo leque de possibilidades educativas. Por exemplo,
através de um editor de áudio como o Audacity podemos aplicar efeitos nos áudios e produzir
podcasts. É uma maneira diferente de aprender, pois estaremos desenvolvendo a oralidade e
instigando o trabalho colaborativo. Como ferramenta de autoria, podemos citar o Hot Potatoes
que permite o desenvolvimento de seis tipos básicos de atividades dinâmicas através da inserção
de textos, perguntas, respostas, imagens, temporizador, vídeos e áudios, metadados, etc., gerando
páginas da web. Estas atividades, integradas aos blogs ou wikis, podem ser utilizadas em projetos
de aprendizagem envolvendo as várias áreas de conhecimento e modalidades de ensino,
facilitando o trabalho interdisciplinar.
A introdução dessas tecnologias no ambiente escolar exige que o professor seja mais
capacitado, dinâmico, flexível e investigativo, uma vez que o acesso às informações é ilimitado.
Além disso, torna-se necessário conhecer as potencialidades de tais tecnologias. No entanto,
através de nossa vivência nas práticas de ensino sob forma de estágios supervisionados,
constatamos que o trabalho realizado nas escolas, principalmente da rede pública, ainda apresenta
resistências e encontra muitos obstáculos em relação ao uso das TDVs: Laboratórios de Informática (LABINs) sem uso, com equipamentos obsoletos ou utilizados meramente como
repositórios de alunos ou para sala de jogos e “pesquisa” livre, professores sem capacitação,
professores titulares que nem sequer vão para a escola no dia em que os alunos têm “aula de
informática”, entre outros. Diante deste cenário, que muitas vezes parece ser desanimador e que
nos levam a questionar se realmente vamos conseguir intervir nesta realidade e a refletir sobre as
competências necessárias para a atuação docente, é importante estarmos preparados para
enfrentar os problemas, buscar alternativas e descobrir soluções, desafiando-nos a lidar com o
novo e o imprevisível.

3. EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSÃO SOCIAL E DIGITAL

De acordo com Menezes (2006), ao longo dos séculos, a sociedade e os PNEEs vêm
constituindo uma relação que teve como pano de fundo um longo caminho sócio-histórico:
passando da exclusão por falta de “qualidades” tais como a capacidade de raciocínio e a força
física, preconizadas na Idade Antiga, para a idéia da união entre e corpo e alma, sendo o
“diferente” considerado pecado na Idade Média, até o surgimento de algumas mudanças na Idade
Moderna, que apesar da concepção de que nem todos os sujeitos são iguais e as diferenças devem
ser respeitadas, não muda em sua essência, em relação aos processos de segregação e
preconceitos com PNEEs. Ainda, para a autora, a partir da década de 50 os paradigmas da relação
sociedade-PNEEs passaram a ser: Institucionalização, Normatização, Integração e Inclusão.
A inclusão é um termo que, freqüentemente, é associado à inclusão de apenas PNEEs na
sociedade e na educação, entretanto ela compreende a todos que sofrem algum tipo de exclusão,
tanto no âmbito social, quanto no educacional. Ou seja, a inclusão combate à exclusão de
diversos grupos sociais.
Segundo Mantoan (et al., 2006) o movimento inclusivo surgiu nos anos 90, visa a inserção
incondicional de todas as pessoas como princípio aplicado ao atendimento em todas as instâncias:
escolar, clínico, ocupacional e laboral. Para a autora, a inclusão é um conceito revolucionário,
que busca remover as barreiras que mantém a exclusão em seu sentido mais lato e pleno, e aplicase
àqueles que se encontram permanente ou temporariamente incapacitados pelos mais diversos
motivos, a agir e a interagir com autonomia e dignidade no meio do qual fazem parte. Ainda, para
a autora (2000, p. 56) “[...] o desafio da inclusão para os profissionais que atuam a serviço da
melhoria da qualidade de vida é projetar artefatos e lançar propostas que não se destinam apenas
a um grupo restrito de pessoas”.
Com a mudança do paradigma da Integração para o modelo da Inclusão, começamos a
perceber, principalmente na Educação, a preocupação em atender a diversidade. Dentro deste
contexto, emergiu a Educação Inclusiva que vem se propagando no mundo inteiro. Tem como
pressuposto que “[...] toda criança tem direito à educação de qualidade e de que, portanto, os
sistemas educacionais têm que mudar para poder responder a essas necessidades” (Ferreira, 2005,
p.41). Além disso, defende que todos são especiais e possuem o direito à Educação e à
convivência no seu nível social.
Nesta proposta de repensar e re-elaborar a relação sociedade-PNEEs, Beyer destaca que:


                          A criança com necessidades especiais não é uma criança ontologicamente deficiente,

                    porém uma criança como todas as demais, com particularidades definidas na sua
                    aprendizagem. Não é uma criança marcada pelo déficit, porém alguém que reúne uma
                    série de atributos que podem pesar favoravelmente para uma aprendizagem significativa
                    e eficaz (Beyer, 2006, p.9).


Neste paradigma da Inclusão, a informática tem cumprido papel importante promovendo a
inclusão social através das TDVs e das Tecnologias Assistivas. “[...] a partir de uma nova prática
pedagógica com o uso de tecnologias, é possível favorecer o processo educacional para promover
a inclusão das pessoas com deficiência” (Schlünzen; Junior, 2006, p.47). Sendo assim, a inclusão
aliada às tecnologias, pode proporcionar grandes benefícios na aprendizagem de PNEEs, pois
estas tecnologias se tornam ferramentas facilitadoras na construção do conhecimento e no próprio
processo de inclusão, tanto digital, quanto social.
A seguir, apresentamos um recorte da experiência de prática de ensino sustentada pelo uso
das TDVs em PNEEs, cujo trabalho é fruto de uma pesquisa mais ampla e em andamento,
focalizando o preparo do futuro professor para o exercício da docência neste contexto.

4. PROJETO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO: RELATO DE UMA PRÁTICA
    REFLEXIVA COM O USO DAS TDVS EM PNEES.

A partir do uso das TDVs em uma perspectiva interacionista/construtivista e inclusiva,
buscamos inserir estes alunos no mundo virtual digital e, conseqüentemente, prepará-los para
sociedade que tanto os excluí. Também buscamos integrar as atividades desenvolvidas no espaço
de sala de aula com as atividades realizadas no LABIN. Para a definição das tecnologias,
ferramentas e recursos utilizados neste projeto, consideramos, além, da estrutura técnica e
operacional do laboratório de informática, o interesse demonstrado pelos alunos. Com o objetivo
de ampliar nossa intervenção pedagógica e qualificar o corpo docente dessa Instituição,
realizamos oficinas utilizando as tecnologias e ferramentas propostas no desenvolvimento do
projeto.
Num primeiro momento, serão relatados aspectos pertinentes à sondagem/diagnóstico da
Instituição referida, após apresentaremos os dados referentes à pesquisa de campo, obtidos
através das observações realizadas em sala de aula e no LABIN, e das entrevistas com as
professoras da turma, inclusive a responsável pelo LABIN e a diretora pedagógica. A partir da
análise desses dados e, considerando as necessidades específicas dos alunos, fizemos o
planejamento do trabalho e elaboramos o projeto de estágio, cuja aplicação se deu em uma ação
contínua, possibilitando assim a reflexão e avaliação constante do trabalho como um todo.

4.1 Sondagem/Diagnóstico da Instituição

De acordo com o Projeto Político Pedagógico (PPP), o objetivo da Instituição é prestar
serviços em Educação Especial, capacitar recursos humanos, inserir pessoas com Deficiência Mental no mundo do trabalho e oferecer atendimentos clínicos à comunidade, contribuindo para a

melhoria da qualidade de vida. Para tal, atua com a Escola Especial, o Centro Clínico e o Núcleo Profissionalizante. A Escola Especial oferece atendimento pedagógico especializado para PNEEs e dispõe de uma proposta com flexibilização curricular de 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental, equivalente ao Ensino Regular.
No PPP estão previstas quarenta horas semanais para a utilização do LABIN. Todos os
alunos da escola são atendidos, uma vez por semana, em horário estabelecido pela Direção
Pedagógica, com a duração de aproximadamente uma hora. A profissional responsável pelo
LABIN é formada em Sociologia e possui especialização em Informática na Educação.
Em relação à estrutura física e operacional do LABIN, a Instituição possui doze
computadores e um servidor (doados pelo MEC em 2000), já defasados em relação aos novos modelos de equipamentos, com o sistema operacional Windows NT que possibilita uma rede

interna. Tem acesso à Internet, embora este serviço seja precário, pois na maior parte do tempo não é possível utilizá-lo. Também dispõem de duas impressoras que são utilizadas para impressão dos trabalhos dos alunos.

4.1.1 Pesquisa de campo
Com o objetivo de verificar como as TDVs são utilizadas na realização das atividades
pedagógicas dessa Escola Especial, foram realizadas observações em sala de aula e no LABIN.
Neste sentido, também realizamos entrevistas com as professoras das turmas, a responsável pelo LABIN e a diretora pedagógica da Instituição.
Em relação às características das turmas da 3ª série, observamos que são alunos com faixa
etária de 14 a 17 anos, a maioria já possui certo domínio da leitura e da escrita, bem como do uso do computador, mas alguns ainda apresentam dificuldades para identificar e escrever palavras.
Nas observações do trabalho realizado com as TDVs, constatamos que, geralmente, é a
responsável pelo LABIN quem direciona o trabalho, utilizando alguns softwares, sites e jogos
educacionais, além dos aplicativos do pacote Office, em especial, o editor de textos Word e
também o Paint como editor gráfico. As professoras participam das aulas no LABIN, sendo que em algumas vezes o planejamento do trabalho parte dos projetos aplicados em sala de aula. No entanto, observamos que a maioria das atividades desenvolvidas no LABIN, ainda estão muito atreladas aos softwares prontos, fechados e aos jogos em geral, evidenciando uma concepção do uso das TDVs centrada no ensino e não na aprendizagem.
Em relação ao uso das TDVs por parte das professoras entrevistadas, verificamos que os
conhecimentos em informática são básicos, nem todas possuem computador em casa e a minoria possui acesso à Internet. Em termos de tecnologias digitais que podem ser utilizadas na educação, conhecem apenas os recursos explorados no LABIN pela professora responsável. No entanto, demonstram vontade em aprender, pois participaram da elaboração dos projetos e das aulas desenvolvidas no decorrer destes.
Segundo a diretora pedagógica, o LABIN “é um ambiente que serve de apoio às
construções pedagógicas e cognitivas dos educandos e educadoras”. Também reconhece a
importância do uso do computador no desenvolvimento e inclusão dos alunos, assinalando que “é uma ferramenta de inclusão social, pois aproxima nossos educandos do mundo real e
tecnológico”.
Assim percebemos que estes profissionais consideram que o uso das TDVs contribuem para
a aprendizagem e a inclusão dos alunos, no entanto nem sempre estas tecnologias são utilizadas de uma forma integrada às atividades desenvolvidas em sala de aula, uma vez que o direcionamento do trabalho é quase sempre dado pela responsável pelo LABIN. Constatamos também que a qualificação dos profissionais em relação ao uso das TDVs, não é uma prioridade para esta Instituição. Destacamos aqui a importância da capacitação dos professores para o uso adequado das TDVs, pois somente conhecendo as possibilidades didático-pedagógicas que estas tecnologias apresentam é que poderão efetivamente incorporá-las em suas práticas docentes.

4.2 Projeto de estágio com o uso das TDVs

O projeto de estágio foi elaborado em conjunto com as professoras das turmas envolvidas e
da responsável pelo LABIN, considerando as necessidades e interesses dos alunos, com o
objetivo de possibilitar aos alunos à inclusão aos meios digitais, familiarizando-os com o uso das TDVs, integrando as atividades desenvolvidas no LABIN com as realizadas em sala de aula. E, também propor um espaço de aprendizagem interativo, socializador, interdisciplinar e
colaborativo.
Partindo do interesse dos alunos em relação aos animais e também, aproveitando a temática
trabalhada em sala de aula, desenvolvemos o projeto “Trabalhando as Diferenças: Contando para todos a história do meu peixinho”. Este projeto foi desenvolvido com o objetivo de valorizar a auto-estima dos alunos, utilizando a integração de mídias para promover o inter-relacionamento, além de envolver e capacitar os profissionais que atuam com estes alunos. Assim sendo, construímos um wiki para este projeto e trabalhamos com a integração de mídias, aproveitando a interatividade proporcionada pela hipermídia e demais tecnologias digitais. Esta versatilidade tecnológica nos possibilita escolher as que são mais adequadas para os diferentes interesses e necessidades dos alunos PNEEs. Nesta perspectiva, entendemos que projetos desenvolvidos com a integração de diferentes mídias podem no levar em direção às novas práticas educacionais inclusivas.
Então, para dar início ao trabalho e motivar os alunos para discussão e produção textual,
elaboramos um vídeo produzido no Movie Maker que foi desenvolvido a partir do livro “O
Peixinho Incolor” de Donata Dal Molin Casagrande. Este vídeo foi inserido no wiki construído
para o projeto.
Inicialmente, os alunos produziram os textos em duplas no wiki do projeto, no qual
escolhemos a ferramenta Wikispaces pela facilidade de uso e funcionalidades que apresenta, e após, convidaram os colegas para contribuir com as suas produções. Após a finalização dos textos, utilizamos o editor de áudio Audacity para fazer as respectivas gravações. Apresentamos a seguir, a página wiki com os links para os textos e áudios:


Figura 1 - Wiki colaborativo: produção de textos e áudios

Por iniciativa dos próprios alunos, quiseram representar o peixe do texto, então sugerimos o uso de um editor gráfico. No entanto, não gostaram dos desenhos que fizeram e pediram para escolher imagens, revelando a preferência pelos trabalhos prontos. Então, mostramos várias imagens e sugerimos que cada dupla colocasse a sua “marca” pintando a imagem escolhida, que foi digitalizada e postada no wiki.  


Figura 2 - Wiki com texto e áudio e feedback da produção

Através dessas atividades foram desenvolvidas habilidades tais como: coordenação visomotora, memória, raciocínio lógico, percepção visual e auditiva, escrita colaborativa, produção textual, ortografia e oralidade. E, para não desmotivá-los, também utilizamos feedbacks construtivos, como mostramos na Figura 3.
Para atender aos alunos que ainda apresentam dificuldades na escrita ortográfica e na construção dos textos, desenvolvemos o subprojeto “Conhecendo os Animais”. Foram desenvolvidas atividades lúdicas com o software de autoria Hot Potatoes e o editor de áudio Audacity, explorando as características dos animais, tais como som, habitat e alimentação, envolvendo a leitura e escrita e também operações matemáticas. Em todas as atividades foram elaborados feedbacks construtivos para instigá-los a novas aprendizagens, levando-os à reflexão e auxiliando-os em possíveis soluções às questões apresentadas.  

4.3   Análise do trabalho desenvolvido no estágio

A realização desse projeto nos trouxe alguns obstáculos a serem superados, em função da estrutura técnica do LABIN, porém com persistência e força de vontade os superamos. Para a exibição do vídeo e para as gravações dos áudios dos alunos, foi necessário levar computador de uso pessoal.
Os alunos, após assistirem ao vídeo e conversarmos a respeito, demonstraram bastante motivação para produzirem seus textos. Embora com dificuldades em relação à escrita ortográfica e estruturação do texto, minimizadas com a nossa mediação em conjunto com as professoras da turma, conseguiram se expressar manifestando em suas produções seus desejos, decepções, expectativas futuras, entre outras questões que perpassam a problemática de vida de cada um. 
Como a Web 2.0 pode ser definida pela característica da comunicação em duas direções, ou seja, colaboração e ler/escrever, em relação à produção textual, também percebemos uma 
preocupação maior com a ortografia, pois não queriam “escrever errado em páginas da Internet” (palavras dos próprios alunos). Alguns alunos levavam dicionários para o laboratório de informática, para consultar em momentos de dúvidas, assim como perguntavam para as professoras e colegas. Estes ‘erros ortográficos’ os levaram a constante depuração do pensamento, a construir novas hipóteses e a se apropriar de um novo vocabulário. 
Percebemos uma mudança de postura em relação aos processos de colaboração e cooperação, pois em um primeiro momento alguns alunos apresentaram uma certa resistência, demonstrando sentimento de posse em relação ao seu texto e dificuldade em trabalhar com o coletivo. No entanto, na medida em que foram percebendo que a colaboração dos seus pares contribuía para o enriquecimento de suas produções, motivaram-se tanto para colaborar com o ‘outro’ como para aceitar as idéias dos colegas, tornando-se co-autores do processo de aprendizagem. Evidenciamos aqui as operações de correspondência, reciprocidade ou complementaridade, propostas por Piaget (1973). Os grupos trabalharam com objetivos comuns e as atividades e ações tomadas para efetivá-los foram conjuntas e coordenadas. Por isso, a importância de propiciar situações em que os alunos vivenciem diferentes modos de colaboração.
Percebemos que a gravação dos áudios foi motivo de muita satisfação para os alunos, pois ficavam ansiosos para ouvir a gravação. Quando ouviam suas próprias vozes, contando a sua história, a alegria era contagiante. No entanto, às vezes, também faziam autocríticas em relação aos seus textos e aos seus áudios, mostrando certo nível de exigência em relação a si mesmos. Também percebemos que os alunos ficavam orgulhosos de ler suas próprias contribuições e a dos colegas, muitos perguntavam até mesmo se poderiam mostrar aos pais em casa (pela Internet). 
Estas evidências nos mostram que o trabalho realizado com o uso das TDVs transcendeu as construções cognitivas, contribuindo também para a emergência de questões sócio-afetivas dos alunos, neste caso, elevando a autoestima e colaborando para a construção de uma auto-imagem positiva, pautada nas potencialidades de cada uma e não em suas “deficiências”.
Apontamos também a importância das oficinas realizadas com os professores, visando capacitá-los para o uso das TDVs, que proporcionou maior interação desses no decorrer do projeto, além da possibilidade de dar continuidade ao trabalho. 

5.  CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através do recorte dessa prática docente mostramos algumas possibilidades do uso das TDVs em PNEEs, pois acreditamos que possam abrir novos caminhos no processo inclusivo, tanto digital quanto social. Este novo fazer pedagógico mediado pelas TDVs deve ser crítico e reflexivo, articulado com teorias e concepções epistemológicas que fundamentem os processos de formação do docente em seus diversos campos de atuação, tanto em termos de Ensino Regular, quanto de Educação Especial e Inclusiva. 
Nesta perspectiva, corroboramos com as idéias defendidas por Mantoan (2006), pois somente poderemos reconhecer a igualdade de aprender como a mola propulsora e as diferenças na aprendizagem como processo, se conseguirmos aceitar e valorizar o que é ainda considerado como “diferença” na escola. Isto implica na ruptura de antigos paradigmas que persistem em legitimar a educação, mesmo com todas as mudanças provocadas pelos avanços tecnológicos e pela sociedade da informação. Significa, em primeira instância, romper com nossos próprios preconceitos que muitas vezes nos afastam do trabalho com PNEEs, inviabilizando contribuições que poderiam ser significativas para novas práticas educacionais inclusivas. 
Esperamos através da prática de ensino realizada nesta Instituição de Educação Especial, ter contribuído para a desmistificação da “deficiência”, mostrando que através do uso das TDVs é possível construir novas práticas didático-pedagógicas que favoreçam a inclusão de PNEEs, potencializando as suas habilidades e competências para construção de novas aprendizagens.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BRASIL, LEI Nº 11.788, de 25 de setembro 2008. DOU 26.09.2008. Dispõe sobre o estágio de estudantes. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/lei11788_25_09_08.pdf>. Acesso em: 19 ago. 2008.

FERREIRA, B. W. Educação inclusiva: Será que sou a favor ou contra uma escola de qualidade para todos? Inclusão: Revista da Educação Especial, Brasília, ano 1, n.1, p.40-46, out. 2005.

MANTOAN, M. T. E.; PRIETO, R. G.; ARANTES, V. A. (Org.). Inclusão escolar: pontos e contrapontos. São Paulo: Summus, 2006.

MANTOAN, M. T. E. O verde não é o azul listado de amarelo: considerações sobre o uso da tecnologia na educação/reabilitação de pessoas com deficiência. Espaço: informativo técnicocientífico do INES, Rio de Janeiro, n.13, p. 55-60, jan./jun. 2000. 

MENEZES, E. C. P.. Informática e Educação Inclusiva: discutindo limites e possibilidades. Santa Maria: UFMS, 2006.

PIAGET, J. Estudos sociológicos. Rio de Janeiro: Forense, 1973.

SCHLÜNZEN, E. T. M; JUNIOR, K. S. Tecnologias, desenvolvimento de projetos, e inclusão de pessoa com deficiência. Inclusão: Revista da Educação Especial, Brasília, ano 2, n.2, p. 46-51, jul. 2006.

SHÖN , D. A. Educando o Profissional Reflexivo - um novo design para o ensino e a aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2007.

VIGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.